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Os balanços corporativos das construtoras brasileiras referentes ao segundo trimestre deste ano evidenciam que o segmento de baixa renda tem ficado cada vez mais importante para os negócios no mercado imobiliário. Parte desse resultado pode ser atribuído a programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida.

Segundo a Cyrela, por exemplo, as vendas da Living Construtora – braço da companhia voltado à baixa renda – responderam por 35,2% do valor geral de vendas, totalizando R$ 396,5 milhões – um crescimento de quase 70% em relação ao ano passado.

Até o dia 30 de junho, haviam sido submetidos pela Living quase 40 mil unidades ao programa. Metade desse total foi contratada para financiamento na CEF (Caixa Econômica Federal) e 4,4 mil já foram repassadas aos clientes.

Forte demanda
Já a Gafisa, que centraliza na Tenda suas operações para essa classe, afirma que focou seu plano de negócios no trimestre que encerrou para melhorar a postura mais agressiva de vendas e lançamentos para a segunda metade do ano, em linha com a forte demanda no setor de baixa renda.

O mercado imobiliário brasileiro não passa por um momento de “bolha” que possa vir a desestabilizar a economia, revelou a MB Associados, em estudo encomendado pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

O aumento de preços visto no mercado parece, conforme a conclusão do estudo, ser um processo gerado por oferta e demanda, não oferecendo riscos para a economia, ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, com o crédito subprime que originou a crise de 2008.

Entre os motivos que afastam o Brasil de uma bolha no mercado imobiliário, o estudo aponta as condições macroeconômicas sólidas, a forte regulamentação e a classe média em forte processo de expansão de emprego e renda.

Renda x preços

De acordo com o estudo, mesmo que o preço do imóvel no Brasil suba na mesma proporção que nos Estados Unidos, a evolução poderá ser absorvida pela expansão da renda.

O número de corretores de imóveis autuados por trabalharem ilegalmente no Paraná cresceu nos últimos dois anos e deve ser ainda maior em 2010, segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR). A estimativa é de que neste ano cerca de 400 pessoas sejam advertidas, contra 357 em 2009 e 306 em 2008.

A lei que regulamenta a profissão dos corretores de imóveis (6.530/1978) é clara: o exercício da profissão é permitido ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias e o exercício da profissão sem o registro profissional no Creci configura contravenções relativas à organização do trabalho (artigo 41 do Código Civil), cuja pena é de prisão simples, de 15 dias a três meses de detenção ou pagamento de multa.

Segundo o coordenador de fiscalização do Creci-PR, Edson Gonçal­­­ves da Silva, é importante ressaltar que os conselhos fazem a apuração administrativa, mas quem pune é a Justiça. “Quem faz a instrução é a Justiça Civil, que elabora um termo de contravenção e encaminha para o Juizado Especial Criminal, que chama a pessoa para depor e aplica a pena”.

Fazer um diagnóstico do setor habitacional e das principais carências de moradia nos 399 municípios paranaenses. Isto será realizado através do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Paraná (PEHID), que foi lançado ontem, em Curitiba, pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), e deve ser elaborado até o próximo mês de dezembro.

“Vamos fazer um retrato daquilo que a sociedade paranaense necessita em relação à moradia, identificando vazios urbanos, zonas especiais de interesse social, favelas e ocupações irregulares. O trabalho será feito por região, por município, faixa de renda e necessidade”, explica a coordenadora do grupo de coordenação do PEHID, Bernadete Dickow.

A partir da identificação dos problemas, serão elaboradas estratégias de ação com o intuito de solucioná-los ou mesmo minimizá-los até o ano de 2023. As estratégias irão envolver prazos, fontes de recursos e financiamentos. Serão priorizar famílias que ganham de um até três salários mínimos. Entretanto, todas as faixas de renda devem ser contempladas.

SÃO PAULO – A medida que permite o pagamento do aluguel por meio de abatimento direto em folha  de pagamento ainda percorrerá um longo caminho no Congresso Nacional para se tornar lei. Contudo, especialistas em mercado de locação já comemoram a existência do projeto e preveem, caso o texto se torne lei, boas perspectivas para o segmento, como o aumento da oferta de imóveis para locação e queda nos valores do aluguel.

“Tudo o que facilita a prática de locação altera o mercado”, afirma o diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), Jaques Bushatsky. “Além de todas as forças normais de mercado, como demanda e oferta, também vemos que, diante de uma simplificação de uma lei qualquer, o mercado reage favoravelmente para todo mundo, locador e locatário”, reforça.

O projeto de lei, que tramita na Câmara dos Deputados, permite que o aluguel seja descontado em folha de pagamento e o valor a ser descontado não deve comprometer mais do que 25% da renda do inquilino. Para o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo), José Augusto Viana Neto, a proposta só beneficiará o mercado. “Quanto maior for a segurança para o locador, maior será o número de pessoas que vão atuar nesse mercado”, diz.