Um novo ciclo do mercado imobiliário – decorrente do aquecimento da construção civil na última década – começa em 2012: é a entrega das unidades vendidas na planta entre 2008 e 2010. Em 2011, de acordo com estimativa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Paraná (Ademi-PR), foram entregues 2.845 unidades. Em 2012, esse número passará a 7.354 (alta de 158%) e, em 2013, calcula-se que 10.909 casas e apartamentos serão entregues somente em Curitiba.
Mesmo com o acréscimo, a primeira leva de entregas não deve influenciar o preço dos imóveis, porque a quantidade e a localização das entregas são distintas. “Valorizações ou desvalorizações acima da média seriam casos pontuais e não a tendência”, indica o economista Fábio Tadeu Araújo, citando o exemplo de um imóvel que oferece salas comerciais e no qual todos os que compraram uma unidade pretendem revender ou alugar; nesse caso, é provável que caia o preço das salas naquele local.
pesar da expectativa de que os preços permaneçam como estão, os imóveis usados podem sofrer leve pressão de queda de preços. “Antes, havia escassez de imóveis novos, então os usados estavam muito valorizados. Agora que há oferta dos novos, os usados podem ser negociados por preços mais baixos”, analisa Araújo.